segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Inmetro faz testes com 15 marcas de Whey protein e reprova 14

Uma matéria que foi ao ar no programa Fantástico, da TV Globo, neste domingo (26), mostrou a realização de testes em diversas marcas de Whey Protein, suplemento derivado do soro do leite, muito utilizado por praticantes de atividades físicas e constatou que muitas não apresentam os resultados nutricionais anunciados em seus rótulos.
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) foi o responsável pela realização dos testes em 15 marcas: EAS, Body Action, Probiótica, Integral Médica, STN - Steel Nutrition, Solaris, VOXX, Dynamic Lab, Max Titanium, DNA, Universal, Met-Rx, Sportpharma, New Millen e Nature's Best e, dentre os testes de qualidade feitos, apenas uma marca estava dentro dos padrões mínimos para a comercialização do produto: a Met-Rx.
Whey da Met-Rx foi a única aprovada em todos os testes (Foto: Divulgação)
Avaliações
O primeiro teste avaliou as condições mínimas para que o produto seja apresentado como Whey, visto que é preciso ter, no mínimo, 10 gramas de proteína por porção. Neste, todas as marcas foram aprovadas. No segundo, foi avaliada a quantidade de proteína de cada marca. No entanto, a Solaris apresentou 31,02% a menos e a VOXX, 28,31% do que o indicado no rótulo.
A terceira avaliação mostrou a quantidade de carboidratos presentes nas porções e o resultado foi assustador: 11 marcas tinham quantidades diferentes do apresentado: EAS, Probiótica, Integral Médica, STN, Solaris, Dynamic Lab, Universal, Sportpharma, New Millen, Nature's Best e VOXX, com destaque para esta última, que apresentou 300% a mais do que o anunciado.
O quarto teste avaliou a origem da proteína que, por ser derivada do soro do leite, em tese deveria ser de origem animal. Entretanto o Whey da marca DNA tinha proteínas derivadas do trigo e da soja. De acordo com o analista executivo do Inmetro, Walace Cestari, o consumidor está sendo enganado ao consumir este produto. "Economicamente ela teria um valor menor, mas também o consumidor está sendo lesado", disse.
A quinta avaliação mostrou as substâncias não declaradas no rótulo pelas marcas e, em cinco delas (EAS, Probiótica, STN, Max Titanium e Sportpharma), o Whey apresentava cafeína. Contudo, ao responderem ao Fantástico, as empresas alegaram que a cafeína veio do Cacau, utilizado como matéria-prima do Whey Protein. No teste da rotulagem correta, 11 marcas foram reprovadas (EAS, Body Action, Integral Médica, STN, Dynamic Lab, Max Titanium, DNA, Universal, Sportpharma, New Millen e Nature's Best).
Integral Médica, Sportpharma e Max Titanium foram três das 14 marcas reprovadas (Foto: Divulgação)
Respostas
Em outras respostas sobre a rotulagem, as marcas EAS, Body Action, Integral Médica, Dynamic Lab, DNA, Universal, Sportpharma, New Millen e Nature's Best disseram que já corrigiram ou vão corrigir os erros. Por suas vezes, a Max Titanium e a STN não se explicaram, assim como a DNA.
Por fim, sobre as quantidades de proteína e carboidrato nos suplementos, as marcas EAS, Probiótica, Integral Médica, STN, Universal e a Sportpharma questionaram a metodologia utilizada pelo Inmetro. A Solaris também questionou, mas avisou que já recolheu o lote testado pelo instituto. Já a New Millen alegou não ver problema no fato de o Whey ter um nível de carboidrato acima da margem de erro de 20%; a VOXX, que possuía 300% a mais de carboidrato e quase 30% a menos de proteína do que o informado no rótulo, discordou dos resultados e a Nature's Best avisou que irá se adequar às normas do produto.

Em entrevista ao Fantástico, a nutricionista Mônica Dalmacio informou que o Whey Protein é um produto para quem é praticante de atividade física de, pelo menos, intensidade muito grande. "Se você começar a utilizar grandes doses por período prolongado, isso traz uma sobregarca muito grande para os rins e fígado, podendo vir a ter um problema grave nesses órgãos", disse.
Reportagem iBahia

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