Através de pesquisa, consulta, o ambientalista, Jobijander Pinto da Purificação, servidor público municipal da Secretaria de Meio Ambiente, trás sérios alertas de desaparecimento de aves/animais que eram comuns na região de Macaúbas. Veja a seguir trabalho de sua autoria, desta vez o Azulão, ave que se torna cada vez mais rara nas proximidades.
O Azulão – Cyanoloxia brissonii cyanoides, O azulão é uma ave passeriforme da família Cardinalidae. Também conhecido pelos nomes de azulão-bicudo, azulão-do-nordeste, azulão-do-sul, azulão-verdadeiro, guarundi-azul, gurandi-azul, gurundi-azul e tiatã. Ocorre na região Nordeste, do Piauí ao sul da Bahia e no norte de Minas Gerais. De bico avantajado e negro. O macho é totalmente azul-escuro, com partes azuis brilhantes. A fêmea e os filhotes são totalmente pardos com as partes inferiores um pouco mais claras. Já estar praticamente extinto, pois não se encontra mais na natureza. Se reproduz no nordeste no período das chuvas, constrói seu ninho não muito longe do solo e cada ninhada geralmente tem entre 2 e 3 ovos, tendo de 3 a 4 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem entre 13 e 15 dias após a fêmea botar os ovos.
O Azulão é uma espécie territorialista, isto é, não permite que outro casal invada seu local de reprodução (Território), pois, defendem seus limites, com bastante empenho, para que não haja competição de alimentos, seus filhotes quando chegam à fase adulta são expulsos, e terão que conquistar seu próprio local para viver.
É uma espécie onívora, (come de tudo), consumindo sementes de capim, pequenas frutas silvestres e vários insetos.
Segundo o Ambientalista Aramy Fablicio “A captura é a maior causa das extinções, mas o desmatamento desordenado dos arbustos, árvores nativa das regiões áridas também contribui; Com todos esses fatores a ave foi ficando cada vez mais rara.
Nos anos 80, havia muitos pássaros dessa espécie aprisionados em gaiolas, onde as pessoas apreciavam seu belo canto, há relatos que os pássaros eram vendidos nas capitais e até para o exterior, para que brigassem em rinhas, havendo apostas altíssimas.
Relatado por moradores da Zona Rural do Município de Macaúbas, Bahia, a ave começou a desaparecer na década de 90, quando o uso de agrotóxicos, não era fiscalizado com tanta eficácia, e as pessoas usavam o produto tóxico descontroladamente sem nenhuma orientação técnica, junto com esse impacto, veio o desmatamento para a formação de pastagens e outras atividades, acabando com quase toda a mata nativa, introdução de árvores frutíferas de outros estados, e a erradicação das espécies de arbustos nativas, típicos da Caatinga, devido o desmatamento, e como se pode notar os ciclos de chuva foram alteradas, fato esse comprovado cientificamente, que áreas que tiveram a perca da vegetação nativa em excesso, por conta do desmatamento (corte indiscriminado de matas), em algumas regiões houve diminuição das chuvas ou mudança de ciclo. E as secas prolongadas aqui da região também afetaram o habitat desse belo pássaro. Outro fator importante foi à caça predatória, onde as pessoas engaiolavam e comercializavam o pássaro Azulão, que seriam levados a outros estados, capturavam apenas os machos jovens e adultos, deixando para traz as fêmeas, que obviamente não poderiam ser reproduzirem, e assim acabando com todas as chances de recuperação da população da ave.
Hoje em Macaúbas e em quase todo o Nordeste, raramente se encontram algum exemplar na natureza, talvez seja mais fácil encontrá-lo aprisionado em gaiolas em frente a residências. Hoje em dia, se pode dizer que, se a sociedade se conscientizasse e libertasse todos os pássaros, não adiantaria nada, pois na natureza quase não restou nenhuma fêmea.
Como se pode observar, o desmatamento da Caatinga é um fator desastroso para a sobrevivência de aves e outras espécies animais, principalmente o Homem, pois, é da natureza que tiramos a matéria prima para fabricação de remédios e de tudo que necessitamos, com o desaparecimento dessas fontes naturais, milhares de espécies vegetais são mortas, e animais são extintos, e nunca teremos a chance de estudá-los, para entender sua função na natureza, para que possamos preservá-los, e quem sabe usarmos em beneficio da humanidade.
Esse é mais um alerta que a natureza nos envia. Vamos juntos defendermos o nosso Meio Ambiente.
Jobijander Pinto da Purificação.
Ambientalista.
Texto baseado em relatos de moradores da região.
Referencia:
http://www.oeco.org.br/reportagens/25722-amazonia-cientistas-mostram-como-desmatamento-altera-chuvas
http://www.jardimdeflores.com.br/paisagismo/a34plantaspassa”
com:macaubasonoff