RIO - O sedentarismo no Brasil tornou-se um problema de saúde pública, já que 46% da população são “insuficientemente ativos”, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE. A taxa só é menor que na África do Sul, onde a inatividade chega a 52,4% dos habitantes.
“O sedentarismo precisa ser enfrentado como problema de saúde pública. O dado é importante para incentivar atividades físicas na rede pública. O desafio é ampliar o hábito de fazer atividades físicas”, disse Arthur Chioro, ministro da Saúde, após apresentação da pesquisa, na sede do IBGE, no Rio de Janeiro.
Outra informação que chamou a atenção do ministro foi que 4% dos entrevistados admitiram dirigir após ingestão de bebida alcóolica. “É uma informação potente. Ano passado 39 mil mortes foram causadas por acidentes de trânsito, então é preciso aprofundar estratégias de prevenção”, afirmou Chioro. O ministro não disse quais estratégias seriam estas, mas defendeu o endurecimento ainda maior da Lei Seca. “A Lei Seca deve prosseguir e ser estimulada. Endurecer ainda mais o processo de fiscalização”.
O ministro defendeu, ainda, maior fiscalização e acompanhamento familiar para evitar que jovens comecem a beber muito cedo. Segundo dados da pesquisa, 47% dos brasileiros pesquisados declararam que começaram a ingerir bebidas alcoólicas antes dos 18 anos. “Este aspecto revelado pela pesquisa também precisa ser encarado como problema de saúde pública. Para isso, é preciso associar medidas de fiscalização e trabalhar com a família, porque a bebida é socialmente aceita. É preciso agir para evitar que jovens acessem bebida antes dos 18 anos.
A pesquisa será realizada a cada cinco anos e outros desdobramentos desta primeira análise serão divulgados ano que vem. “Agora é hora de analisar os dados. Temos que lidar com mais especialidades médias, como pediu a presidente Dilma [Rousseff]. As informações são importantes também para os novos secretários, vamos passar diretamente a pesquisa para eles”, concluiu Chioro.
informações valor.com.br redação valor.com.br
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