
A presidente Dilma Rousseff concedeu nesta quinta-feira (24) entrevista de duas horas à imprensa estrangeira, na qual denunciou “golpe” em curso no Brasil. A ação faz parte da tentativa de buscar apoio internacional contra seu afastamento.
Dilma avalia que seu processo de impeachment tem “vácuo de fundamentos legais”. De acordo com o “The New York Times”, na sequência a mandatária atacou Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, dizendo que o deputado federal colocou a votação de afastamento na pauta para encobrir seus próprios problemas com a Justiça.
A presidente voltou a afirmar que não pedirá renúncia e prometeu “brigar com todas as armas legais”, se o Congresso votar a favor do impeachment. Dilma acrescentou: “Não vou dizer que é agradável ser vaiada [em protestos], mas não sou uma pessoa depressiva. Durmo bem à noite”.
Rousseff também defendeu a nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva para ministro chefe da Casa Civil, ao ressaltar que o talento do ex-presidente para a negociação política é fundamental para o momento de crise, e rechaçou o argumento de que Lula estaria buscando amparo legal com foro privilegiado. “Estando no governo, ele responderia à maior Corte do país [Superior Tribunal Federal]”.
Os jornais convidados foram “Le Monde” (França), “The Guardian” (Reino Unido), “The New York Times” (EUA), “El País” (Espanha), “Pagina 12″ (Argentina) e “Die Zeit” (Alemanha).
Do Toda Bahia
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