domingo, 10 de abril de 2016

Setor de beleza tem sua primeira queda em 23 anos



Segundo os dados da Abihpec, a indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos fechou 2015 com uma retração, a primeira em 23 anos, no ano passado, o faturamento teve queda real de 8%. A receita das vendas de fábrica, que não computa impostos, foi de R$ 42,6 bilhões. Já o comércio ao consumidor fechou em R$ 100 bilhões.
A redução na demanda e da alta do dólar, que impactou o custo das matérias-primas, a indústria também sofreu com o aumento de impostos, diz o presidente da entidade, João Carlos Basilio. “Os preços subiram, em média, 11% acima da inflação em 2015. Neste ano, devem crescer ainda mais nos Estados que elevaram o ICMS dos produtos, que são considerados supérfluos.”
Outros fatores que também foram apontados com contribuintes para essa queda foram, a crise hídrica, que afetou grandes centros consumidores do país, e o aumento na conta de luz também. “As pessoas tomaram menos banhos, e isso influiu no consumo. Como os problemas foram amenizados, a retração no segmento não deve ser tão alta neste ano.”
O “efeito batom”, que supostamente faz crescer o consumo de itens de cuidados pessoais durante crises, não mostrou resultados: os produtos para cabelos e para a pele tiveram as piores retrações da indústria. Com base na percepção do desempenho do primeiro trimestre, o setor espera ter uma nova queda em 2016, que deve ficar em torno de 8%. 
Com o Toda Bahia 

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