terça-feira, 12 de julho de 2016

Comoção marca enterro de jovem agredido após deixar boate gay

Foto: Henrique Mendes/G1

Sozinhos ou em grupos, amigos e familiares de Leonardo Santiago Moura, de 30 anos, que chegavam ao Cemitério Campo Santo, na manhã desta terça-feira (12), em Salvador, compartilhavam do sentimento de consternação. "Não me conformo", dizia em lágrimas a mãe do jovem morto após ser espancado ao sair de uma boate gay no bairro do Rio Vermelho.  Abalada, Nádia Santiago preferiu não falar com a imprensa. O desespero, entretanto, era ouvido em frente à capela seis, onde o corpo foi velado durante a manhã. Sem inimigos, a família suspeita que o promotor de eventos tenha sido vítima de homofobia. No cemitério, o pai dava voz à indignação. "Ficou o vazio, a revolta de como foi. O buraco [na família] vai ficar para sempre", desabafou Antônio Fernando Moura. A lágrima contida embargava a voz de quem vai viver "com lembranças de uma alegria sem fim". A todo momento, vozes indignadas tomavam conta do espaço. "Quem fez isso vai pagar", gritava em lágrimas uma amiga. Parceiro de infância, Afonso Leiro explica a comoção. "Ele não tinha inimigos. Era uma pessoa alegre. Em tantos anos, não me lembro de ter visto ele irritado", relata sobre o perfil apaziguador do jovem promotor de eventos. 

Com o Bahia do Povo 

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