Rede social perde usuários jovens no mundo, mas número cresce no Brasil
Com mais de 1,2 bilhão de usuário no mundo inteiro, não há dúvidas de que a maior rede social do mundo, o Facebook, mudou nossas vidas. A vida social de cada um de nós na internet pode resultar em novas ideias, encontros, manifestações e até mesmo em forças capazes de derrubar de governos, como na Primavera Árabe. O Facebook é muito mais que um espaço para jogos e fotos.
A ideia do brasileiro Eduardo Saverin e do norte-americano Mark Zuckerberg, que virou realidade virtual em 2004, logo abriria uma trajetória de conquistas. A rede social está presente, em mais de 100 idiomas, no mundo todo, com diversos serviços que dão mais interatividade às pessoas.
Mas os dez anos de vida completados nesta terça-feira (4) devem ser comemorados, cima de tudo, pelo usuário, lembra o diretor geral do Facebook Brasil, Leonardo Tristão.
Aos 10 anos de vida, entendemos que este é um momento para celebrar não o que o Facebook tem feito, mas o que as pessoas têm feito com o Facebook. Vimos como o Facebook foi utilizado para reunir brasileiros em momentos de mobilização. Os termos “manifestação” e “vem pra rua”, por exemplo, estiveram entre os 10 temas mais comentados pelos brasileiros no Facebook em 2013.
Segundo o executivo, a rede social é um fator transformador nos âmbitos político, econômico e social.
— A plataforma se transformou em um megafone gigante e deu voz às pessoas que não a teriam de outra forma. As mídias sociais ajudaram a democratizar a informação e estão contribuindo para o avanço de pilares básicos das sociedades no mundo todo. Não temos também como ignorar o papel das redes sociais em mobilizações ao redor do mundo, como no Oriente Médio.
Mas apesar de toda sua importância, o Facebook está perdendo fôlego em alguns países, de acordo com pesquisas acadêmicas.
Ao final do ano passado, um estudo feito pela University College London em oito países tirou uma conclusão preocupante para rede social. A pesquisa, cuja duração foi de 15 meses, reforça a ideia de que os adolescentes tenham começado a sair do Facebook com a chegada dos pais à rede social, uma vez que jovens ingleses teriam alegado que o Facebook está "basicamente morto e enterrado".
Em janeiro, a Universidade de Princeton afirmou que o Facebook morreria em pouco tempo, e que perderia cerca de 80% de seus usuários até 2015.
Se o jovem está abandonando a rede social em certos países, no Brasil acontece justamente o contrário: dados da ComScore referentes à outubro de 2012 e 2013 mostram que a faixa etária de 15 e 24 anos dos brasileiros no Facebook foi a que apresentou maior crescimento — de 14 milhões para 17,3 milhões.
Ainda de acordo com a ComScore, o número de usuários do Facebook de 15-24 anos aumentou 7,8% no mundo no período — o que representa um avanço de 222 milhões para 240 milhões de usuários. O R7 não teve acesso a dados de anos anteriores para saber se os números representam uma desaceleração do crescimento, no entanto.
— Hoje, chegamos a oito em cada 10 internautas no Brasil, mas não nos contentaremos até chegarmos a 100% deles. Nos próximo cinco a 10 anos, nossa visão é conectar todos, entender a todos e construir a economia do conhecimento. Queremos chegar também àqueles que ainda não entraram no mundo on-line - cinco bilhões de pessoas - e o Internet.org, um esforço global para possibilitar o acesso à Internet é essencial para esta conquista.
Uma vez que pesquisas como a de College London afirmam que a evasão de usuários jovens do Facebook se dá pela concorrência de outros aplicativos nos celulares, para comemorar outros dez anos, a rede social terá que investir esforços em mobilidade.
Segundo o diretor da empresa no Brasil, o Facebook está ciente disto.
— Mobile é muito importante neste contexto. A era da conectividade móvel é o que nos espera. O mundo está cada vez mais móvel e o telefone é o dispositivo perfeito para fins sociais. As pessoas estão andando por aí com uma TV, um rádio, e-mail, além de todos os amigos no bolso. À medida que mais pessoas usam o Facebook para se conectar com amigos por meio do celular, nos empenhamos em desenvolver os melhores produtos para eles.
Segundo Tristão, construir a economia do conhecimento significa ajudar empreendedores, empresas locais e estabelecidas a usar a informação, por meio do Facebook, para construir os seus negócios e criar empregos. r7
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