quarta-feira, 12 de março de 2014

Criador de “Flappy Bird” já pensa em disponibilizar novamente o game

Depois de criar um dos games mais legais e viciantes dos últimos anos, e tirá-lo do ar sem muitas explicações, o criador de Flappy Bird finalmente revelou toda a história por trás do jogo em uma longa entrevista para a revista americana Rolling Stone.
E aos órfãos do game, ele avisa: está considerando colocá-lo de volta nas lojasde aplicativos da Apple e do Google. “Estou considerando essa possibilidade”, diz o vietnamita Dong Nguyen, de 28 anos, ao repórter David Kushner, que assina a reportagem. Kushner viajou até Hanoi, onde Nguyen vive no apartamento de um amigo, já que teve que sair da casa dos pais depois que começou o assédio da imprensa.
Como ainda recebe centenas de milhares de dólares com os anúncios ingame, Nguyen conseguiu deixar o emprego que ocupava como desenvolvedor de localizadores para taxis, e agora planeja comprar seu próprio apartamento e um Mini Cooper. Apesar de sua vida agora estar voltando ao normal, e ele se dizer “aliviado” com o fim da febre mundial pelo jogo, toda a trajetória ainda parece maluca para o jovem vietnamita que, segundo a reportagem, cresceu jogando títulos da Nintendo, principalmente Super Mario Bros.
Fumante inveterado, ele passou a infância em uma vila chamada Van Phuc, nas proximidades de Hanoi, filho de um dono de loja de hardware e uma funcionária pública. Ele começou a programar aos 16 anos, e trabalhou numa empresa desenvolvedora de games aos 19, enquanto estudava ciência da computação em Hanoi. Na época, jogava em clones de consoles da Nintendo disponíveis nas lojas locais.
Sobre a criação de Flappy Bird, Nguyen diz a Rolling Stone que “visualizou como as pessoas jogam”, e que seus modelos foram pessoas atarefadas e apressadas como ele, que se deslocam de trem, com uma mão no smartphone e a outra segurando a alça do vagão.
Flappy Bird foi lançado em abril, depois de Nguyen ter passado um feriado trancado no quarto desenhando o game. Ele aproveitou como personagem um passarinho que ele havia desenhado no ano anterior, inspirado no peixe Cheep Cheeps, da Nintendo. Os canos verdes também foram uma óbvia referência a Super Mario Bros – segundo ele, o encanador da Nintendo observou todo o processo de criação do game a partir de um pôster em seu quarto.
Após o lançamento, passaram-se meses até que o efeito viral levasse Flappy Bird ao topo das lojas da Apple e do Google. Não houve campanha de marketing, e comentário após comentário, no boca a boca, o game se transformou numa mina de dinheiro para Nguyen – que chegou a faturar 50 mil dólares diariamente com anúncios, descontada a fatia da Apple e do Google – e também num pesadelo.
Além do assédio da mídia – os pais do garoto ficaram sabendo pela TV que seu filho estava rico –, ele começou a receber dezenas de mensagens de pessoas que diziam estar sofrendo com o efeito viciante do game. Eram trabalhadores demitidos, mães que haviam brigado com filhos, todos se queixando diretamente com o criador do game. Para Nguyan, este foi o fim, já que ele mesmo já havia sofrido com o vício em Counter-Strike nos tempos de escola. Decidiu então tirar o jogo do ar.
Agora que deixou o emprego , Nguyan pode se dedicar totalmente aos games. Enquanto não decide se colocará Flappy Bird de volta no ar, ele trabalha no desenvolvimento de outros três títulos: um shooter sobre caubóis, um jogo de voo chamado Kitty Jetpack, e outro de xadrez. E se Flappy Bird voltar, Nguyan garante que incluirá um aviso para que as pessoas façam uma pausa na jogatina de vez em quando.
de: http://www.blogdomarcelo.com.br/

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