
Depois dos atentados de Paris, que deixaram 130 mortos em novembro, as autoridades europeias enfrentam um dilema: evitar ataques semelhantes mas, ao mesmo tempo, manter a tradição das grandes festas de rua no réveillon. Na terça-feira (29), dois suspeitos de planejar atentados durante as comemorações de fim de ano em Bruxelas foram detidos em operações policiais que revelaram “sérias ameaças” contra vários locais simbólicos da capital belga. Segundo investigadores, os suspeitos teriam a intenção de levar a cabo ataques terroristas “no mesmo estilo” dos realizados na França — grande parte dos terroristas envolvidos no massacre de Paris vivia em Bruxelas.
Na Síria, o porta-voz da coalizão anti-Estado Islâmico confirmou a morte do jihadista francês Charafe al Mouadan, que estaria diretamente ligado ao belga Abdelhamid Abaaoud, mentor dos atentados na capital francesa. De acordo com o coronel americano Steve Warren, Al Mouadan — que preparava outros ataques — seria amigo de Samy Amimour, um dos terroristas que atacou a casa de espetáculos Bataclan. Ele teria partido para a Síria em agosto de 2013, quando foi indiciado na França. Al Mouadan foi morto em 24 de dezembro, e está entre dez outros líderes do grupo jihadista abatidos neste mês.
Nas operações na Bélgica, onde o nível de alerta foi aumentado, não foram encontrados armas ou explosivos, mas os investigadores apreenderam material de informática, roupas de treinamento militar e propaganda do Estado Islâmico (EI). Um dos detidos seria suspeito de “liderar a ameaça dos atentados, além de participar em atividades de terrorismo como dirigente e ser um forte recrutador”.
Com base em informações do serviço secreto, a polícia austríaca também advertiu para o perigo de ataques nas grandes festas de virada do ano nas metrópoles europeias. Em todas as grandes cidades, há fortes medidas de segurança, que foram acompanhadas por um debate sobre a proibição ou não de fogos. Do toda bahia
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