
O Ministério Público de São Paulo explicou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (10) os motivos que levaram o órgão a formalizar à Justiça a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica por causa da suposta compra de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. O MP diz ainda que a soma de testemunhos e documentos levam à única conclusão de que o imóvel era destinado a Lula, apesar de a defesa dele negar.
Segundo os promotores, testemunhas e documentos atestam que Lula cometeu dois crimes: falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Falsidade ideológica: declaração falsa no Imposto de Renda de 2015 assumindo a propriedade de outro apartamento, não o triplex, no edifício Solaris, em Guarujá. A declaração foi exposta pelo próprio Instituto Lula em sua página na internet. Lavagem de dinheiro: ocultação do triplex, mantido sempre em nome da construtora OAS. “É uma soma de testemunhos e documentos. Desde sempre aquele imóvel esteve reservado para o ex-presidente. A OAS nunca comercializou aquele imóvel. A ordem era essa, segundo depoimento dos corretores” disse o promotor Cassio Conserino.
O promotor disse ainda que não há invasão de atribuição ou competência, e sim a leitura de uma investigação feita há seis anos, que culminou em uma denúncia por crimes de estelionato, agora novamente reproduzidos. “Essa investigação é desdobramento de uma investigação feita há seis anos. São crimes estaduais de estelionato, falsidade ideológica que estão em contexto de crimes estaduais”, disse Conserino.
A denúncia do Ministério Público Estadual vai ser analisada pela quarta vara criminal da Justiça de São Paulo. O MP diz que não há expectativa para o prazo de que a Justiça aceite ou não a denúncia. “São 7,5 mil folhas de investigação. É prematuro e temerário qualquer comentário sobre prazo para o juiz decidir”, disse Conserino. com o Toda Bahia
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