O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (19) que a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff deverá ser eleita na próxima terça-feira (26). "A expectativa é que, na próxima terça-feira, vamos eleger a comissão especial, que é quem ditará o ritmo da instrução processual", disse o presidente do Senado. Renan esteve reunido com lideranças do PMDB na última segunda-feira (18) e na oportunidade fez questão de destacar que é preciso ter “cautela" e que o trâmite do processo de impeachment na Casa deve seguir rigorosamente o que determina o regimento para se evitar a judicialização por parte do governo. A previsão dos parlamentares é que, seguido todas as etapas do processo e não havendo imprevistos, é de que a votação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, no plenário do Senado, ocorra apenas no dia 21 de setembro. Estiveram presentes nesse encontro na residência oficial do Senado com o presidente do PMDB em exercício, senador Romero Jucá (RR), e o líder do PMDB do Senado, Eunício Oliveira (CE). A reunião aconteceu menos de um dia após a Câmara aprovar, na noite deste domingo, 17, por 367 votos a favor e 137 contrários, o processo de afastamento da petista. De acordo com a estimativa de Renan, Jucá e Eunício, a comissão especial, deve concluir até o dia 10 de maio, o processo de admissibilidade de impeachment. Para evitar ser alvo de críticas políticas, a tendência é de que o PMDB não assuma a relatoria do processo, podendo indicar até um nome de um senador ou senadora de outro partido. Entre os nomes cotados está o de Ana Amélia (PP-RS). O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, e o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, reuniram-se na última segunda-feira (18) para analisar possíveis situações relativas ao processo de impeachment. Os presidentes definiram a elaboração de um roteiro, em comum acordo entre as duas instituições, para direcionar o processo no Senado, caso os senadores aceitarem a denúncia.
Do L12 Notícias
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