Embora alguns setores tenham notado pequena melhora em relação a junho, relatos de associações industriais ouvidas pelo Valor reforçam a análise de economistas de que não houve virada da atividade na passagem do primeiro para o segundo semestre. A percepção geral é que o fundo do poço já foi atingido no confronto com o mês anterior, mas mesmo assim os sinais são de que julho foi mais um período negativo em vendas e produção na comparação com igual mês de 2014, tendência que deve ser mantida até o fim do ano.
Um indício positivo foi a alta de 1,5% da confiança da indústria medida pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na passagem de junho para o mês passado, depois de cinco quedas seguidas. No entanto, o superintendente-adjunto para ciclos econômicos da instituição, Aloisio Campelo, avaliou que a pouca disseminação do avanço e o nível ainda deprimido do indicador (69,1 pontos) impedem que o resultado seja visto como um ponto de virada.
O presidente do Instituto Nacional de Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, afirma que as principais indústrias que puxam as vendas – automobilística, máquinas e equipamentos e construção civil – ainda estão muito estocadas e, por isso, nenhuma delas mostrou reação. “Enquanto os estoques não se normalizarem, não vemos chances de melhorar nossas vendas”, diz Loureiro, que trabalha com estabilidade da distribuição de aços planos em julho sobre o mês anterior. Esse resultado, no entanto, significaria uma queda relevante ante o sétimo mês do ano passado, na ordem de 30%.
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