
A construção do empreendimento La Vue, na Ladeira da Barra, em Salvador, tem sido questionada pela Associação de Amigos e Moradores do bairro (Amabarra), que critica a construção da torre residencial de 107 metros de altura. A direção da associação argumenta que teme “danos à paisagem urbanística do local e possíveis agressões aos imóveis tombados na região”.
Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, departamento Bahia (IAB-BA), Solange Araújo afirmou que “estranha” que a poligonal da área de proteção ambiental de borda marítima que se estende da ladeira ao Farol da Barra não inclua o lote do empreendimento. “Estranhamos que a poligonal só deixe livre este terreno que, do ponto de vista natural, faria parte. Queremos entender por que este lote está de fora”, disse ela ao jornal A Tarde. Solange frisou que, caso fizesse parte, haveria restrições à altura do prédio. Na região, os edifícios têm em média 40 metros de altura.
A arquiteta disse que o assunto será tema de uma reunião do conselho diretor do IAB-BA na próxima segunda-feira, 17. “Em princípio, somos contra esse empreendimento. O impacto paisagístico e da infraestrutura será enorme com um prédio de 30 andares no lugar de um imóvel de apenas uma família”, acrescentou.
Por meio de nota, a assessoria do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que não é da responsabilidade da superintendência do órgão na Bahia a emissão de licenças: “Licença para construção é de competência municipal, respeitadas as autorizações respectivas de órgãos competentes. O empreendimento La Vue se encontra fora da poligonal de entorno dos bens tombados da Barra”. com toda bahia
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